terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Folga na direção

Sabe Kombi com folga na direção?
Nas eleições municipais em 1988, guiávamos algumas vezes uma Kombi doada à campanha de vereador, carregando materiais de campanha e tudo o mais que precisasse.
Não bastando ser uma Kombi - nariz quase no parabrisa, direção na posição praticamente na horizontal - havia folga na direção, o que fazia com que se tivesse que dirigir virando-a constantemente para a esquerda e para a direita para manter o trajeto reto.
Virou uma expressão em casa, utilizada em alguns casos específicos.
Tenho guiado esta Kombi ultimamente, tentando manter algum trajeto.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Monstros

Pesadelos.
Minha filha tem muitos atualmente, e nunca gostou de falar sobre eles. Apenas vem para nossa cama no meio da noite. Mas recentemente começou a falar a respeito. Depois de um deles contou que tentou recomeçar a história e mudar o fim, mas não deu muito certo. Eu também nunca consegui. Pesadelos são pesadelos, ponto.
Ontem veio contar de um outro: classe de aula em um  shopping, aula de ciências, no mezzanino das salas  viviam civilizações antigas, e na classe estavam estudando bebês, com vários deles em cima das mesas da classe. Compunha uma longa história, como normalmente nos sonhos e pesadelos.
No meio disto tudo tinha um monstro - meio cachorro, meio urso -, que ficava enjaulado atrás de muitas grades. Muito bravo, em algum momento fugiu e amedrontou a todos, que saíram correndo. Mas tinha uma característica muito peculiar: gostava de pipoca. Em certo momento, as crianças jogaram sacos de pipoca no quintal da vizinha - chata - e para lá ele foi.
Meus monstros não gostam de pipoca.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Viagens

Chego de um vôo.
Na esteira circulam as malas, terminando sua viagem.
Frente à a esteira, esperando, continuo numa viagem: passam malas, não tão variadas, um pouco maior, um pouco menor, abauladas, vazias, grande parte pretas, quinas quadradas, quinas arredondadas. Mas de vez em vez vêm umas de plástico e não lona, duras, fecham com encaixe, sem zíper. Queria ter uma destas? Mais estruturadas, bem fechadas, devem se equilibrar melhor nas rodinhas, sofrer menos quando são jogadas pelos funcionários da empresa aérea. Mala de gente organizada, roupas bem passadas e dobradas, objetos bem distribuídos, dimensões bem planejadas, penso. Logo penso que não quero para mim. Limite muito definido. Uma peça além, desiste, simplesmente não fecha. E ponto. Não cabe aquela coisa a mais que nosso desejo (necessidade?) não resistiu e comprou. Planejou usar aquele tamanho de mala? Arque com as consequências e carregue o extra na mão, em outra mala, como for. Não dá para ajeitar com clips o zíper que perdeu a alcinha, não dá para mandar arrumar no sapateiro. Não dá para dar um jeitinho.
Quanto pré-conceito, afinal são apenas malas passando em uma esteira! Que viagem!
Quando vejo, passou o tempo e lá chega minha mala... com o zíper estourado.
Termino minhas viagens e volto para casa.
Amanhã dou meu jeitinho.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Ser mãe/pai não é para iniciantes - VI

Duas meninas.
Há uns 7 anos, pós etapa fraldas, o primeiro ambiente que conheço a cada lugar que chego ou passo, é o banheiro. Descobri banheiros em lugares que nunca pensei haver - postos de gasolina na cidade, supermercado, lojinha da esquina, farmácia. Corro o risco de ter que conhecer o banheiro da lotérica do outro quarteirão. Quando acho que a coisa está ruim já entro no recinto com elas armada - "Mãos ao alto! Ninguém toca em nada!" - sabendo que dali pra frente pode piorar bastante. Nas férias, uma experiencia à parte nas viagens, já que estamos em constante circulação. "Donde es el baño, por favor?"  - uma das principais frases aprendidas por elas nestas últimas férias no Peru. E encontra-se de tudo. Algumas vezes, uma experiência...
Hora destas solto um guia, internacional até, com indicações e classificação de banheiros mundo afora.
Enfim, já me acostumei com o cor-de-rosa, mas com esta história dos baños, ainda não.
É o único momento em que sinto não ter sido mãe de dois meninos.