quinta-feira, 3 de março de 2011

Animais domésticos

Não gosto muito de animais domésticos. Vejo como meu amigo agricultor: animais devem ser tratados como... animais e viverem no seu reino animal.
De qualquer forma, vivendo na cidade, com pais, irmãos, amigos, marido, filhas que gostam de animais, acabei sempre convivendo com eles. Já tivemos coelhos soltos no jardim, que comeram até a raiz da grama e, presos, transformaram seu cercado em um problema de saúde pública, tantos os filhotes gerados em espaço pequeno. Por sorte não tínhamos dado nome a eles, o que tornou mais fácil enviá-los ao sítio, sem culpa e sem pensar no destino que teriam.
Já nosso cão pastor tem nome e sobrenome. Sua ninhada, no canil, deveria ter nomes começando com F. Para evitar Fritz, Frank, etc, ficamos com Fio."Fio Maravilha....". Tem até música homenageando! É um ser muito bonito e simpático, exceto pelo fato de ser um cão.
Mas a domesticação de animais pode chegar a extremos. Outro dia uma sobrinha percebeu que sua kalopsita na gaiola estava com sangue no pescoço. Meu  irmão foi checar e o tal passarinho estava com mais da metade do pescoço aberto, machucado na gaiola. Rapidamente ao veterinário. Anestesia para poder dar ponto, parada cardíaca, massagem para reanimar - nem sei como foi possível fazê-lo. Aguardando o passarinho acordar da traumática cirurgia, minha cunhada presenciou cenas curiosas na sala de espera: um coelho chegou com hipotermia, uma tartaruga com o útero para fora. Se bem me lembro da história, chegou também um papagaio com uma pata queimada. Por sorte o passarinho logo acordou e eles - passarinho e cunhada -  voltaram para casa, sãos e salvos.
Minha criatividade não dá conta de imaginar qual seria o caso seguinte a chegar naquela sala de veterinário.

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