quinta-feira, 10 de março de 2011

Carros

Preconceitos à parte, nunca me apeguei a carros, o que não significa que eu não tenha na memória vários  que passaram pela história da família. Uma Perua Rural branca e verde de meu avô. Um Aero Willys que foi do outro avô por toda vida e que está com a gente até hoje. Um Karmann Ghia vermelho de um tio - crianças, adorávamos. Um Decavê (DKW) de um outro tio, acho, que era chamado de Jabiraca. Alguns Galaxies que passaram - tamanho da família.
Uma certa altura meu pai teve um Maverick cinza, velho. Detestávamos. A casa toda ficou aliviada quando ele resolveu fazer uma rifa para passá-lo adiante, só para descobrirmos que ele recompraria do sorteado em seguida.
Em 95, chegando em San Diego para uma temporada de estudos, fomos alugar um carro para o período, em uma loja de um indiano. Um Volvo antigo saltou aos olhos. "Sempre quis ter um Volvo! Motor forte, nunca quebra!", dizia Sennes. 40 km depois, estacionado na porta de casa, claro que não deu partida no dia seguinte. Liguei para o indiano: "Kush, o Volvo não está pegando!" Um probleminha pequeno que estaria arrumado em 1 semana. De volta na porta de casa, novamente não ligou no dia seguinte. Acabamos ficando com uma marca americana qualquer, sem charme.
Aprendi: Aero Willys é um carro para toda a vida, Mavericks não têm liquidez na venda e Volvos nunca quebram.

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