domingo, 28 de agosto de 2011

Palavras

Outro dia, acompanhando a lição de casa de português de minha filha,
começamos a brincar com o dicionário, aquele velho e bom de papel (ainda não uso i-pad):
ler uma página cheia de palavras estranhas ou engraçadas e descobrir o que significam;
tentar definir palavras fáceis e comparar com as definições do dicionário.
Tinha me esquecido dos meus vários dicionários, thesaurus, sinônimos e antônimos, etc, em português e em outras línguas, que em certa época gostava de consultar ou usava para estudar.

Outro dia, li uma epígrafe de um artigo que lembrava uma frase que Humpty Dumpty disse a Alice (em "Alice Através do Espelho") em uma conversa-jogo de adivinhas-perguntas-respostas:
"Quando eu uso uma palavra, ela significa exatamente aquilo que eu quero que signifique...nem mais nem menos".

Pois outro dia ainda, coincidência ou não, li sobre o lançamento de um dicionário em inglês bastante curioso - "The Word Lover's  Miscellany" - um dicionário divertido que reúne termos em classificações originais: insultos, palavras extintas, palavras arcaicas, palavras com som agradável, palavras para coisas intrigantes, palavras para impressionar, clichês... Pareceu que saía do mesmo livro de Alice.

Palavras têm sido um tema para mim atualmente. Seja por idade (!) ou cansaço ou qualquer outra questão,  tenho perdido muitas delas. Aquelas que deveriam dar precisão, pelo menos pretensamente, ao que quero dizer. Aliás, perco as palavras ou elas estão me faltando, ou tenho perdido o caminho até elas?

Talvez meu caminho seja o de seguir Humpty Dumpty e garantir um significado meu às palavras imprecisas que uso. Ao menos até agora não perdi o sentido do que busco dizer. O problema será o das Alices, com quem converso, entenderem este jogo.




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